O PMI Industrial da Zona do Euro foi de 45,8 pontos em agosto, levemente acima do número divulgado na prévia, mas permanecendo inalterado em relação aos últimos dois meses.
O volume de novos pedidos caiu no ritmo mais rápido desde o início do ano e como consequência os produtores reduziram seus pedidos em atraso ao máximo desde fevereiro. Entretanto, a queda nos negócios pendentes não conseguiu compensar o declínio dos novos pedidos, e a produção das fábricas registrou uma nova contração.
Ao mesmo tempo, os participantes da pesquisa tentaram reduzir seus custos em resposta à diminuição da demanda, aliviando os níveis de compra e estendendo a sequência de cortes de empregos para o 15º mês consecutivo.
Por fim, a confiança dos negócios diminuiu mais uma vez. As expectativas gerais para o crescimento da produção nos próximos 12 meses atingiram a mínima desde março e abaixo da média da série histórica.
A indústria europeia mantém o comportamento observado há mais de dois anos e segue em contração à medida que a taxa de juros do bloco ainda é muito alta e as duas principais potências regionais enfrentam dificuldades em comparação com os demais países. Sendo assim, seguimos projetando uma atividade industrial prejudicada até o fim do ano, mas a redução da inflação facilita a posição do Banco Central Europeu, viabilizando novos cortes na taxa básica, algo que deve trazer alguma melhora para o setor secundário mais ao fim do quarto trimestre.