Inflação americana continua persistindo

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A inflação aos consumidores americanos registrou alta de 0,2% em julho, mesmo avanço do mês anterior. Na comparação anual, o indicador teve alta de 3,2%, acelerando dos 3% anteriores.

O núcleo do CPI também marcou avanço de 0,2% entre meses, e ficou praticamente estável na comparação anual ao computar 4,7%, uma redução apenas marginal em relação ao resultado anterior. Todos os indicadores estão em linha com as projeções do mercado.

Mais de 90% do resultado mensal está atrelado à variação do grupo habitação (0,4%), que foi puxado pelos aluguéis e hospedagem, com o índice de seguros de veículos (2%) também contribuindo. Em relação ao mesmo período do ano passado, a habitação registra alta de 7,7%.

O índice de alimentos subiu 0,2%, influenciado pelas altas de 0,3% e 0,2% na alimentação no domicílio e na alimentação fora do domicílio. Na alimentação no domicílio se destacaram os itens os índices de carnes, frangos, peixes e ovos (0,5%), frutas e vegetais (0,4%) e laticínios e produtos relacionados (0,5%).

Já a alimentação fora do domicílio foi alavancada por refeições de serviço completo e refeições de serviço limitado. Na comparação com julho de 2022, a alimentação no domicílio subiu 3,6%, impactada principalmente pelos cereais e confeitaria (7%), enquanto a alimentação fora do domicílio registra variação de 7,1%, puxada pelas refeições de serviço limitado (7,1%).

A energia expandiu 0,1% à medida que os principais componentes tiveram resultados mistos. A gasolina desacelerou da alta de 1% registrada no mês anterior e avançou 0,2%. Além disso, o gás natural (2%) e o óleo combustível (3%) também subiram, enquanto a eletricidade (-0,7%) recuou.

Nos últimos 12 meses, a energia acumula queda de 12,5%, muito influenciada pela contração da gasolina (-19,9%), do gás natural (-13,7%) e do óleo combustível (-26,5%).

Outros índices que avançaram no mês foram os de educação e recreação. Por outro lado, vários índices caíram, como as passagens aéreas (-8,1%), carros e caminhões usados (-1,3%) e comunicações (-0,1%).

A nova alta da inflação aos consumidores americanos é mais um indicador que mostra a persistência dos preços em níveis ainda muito elevados, com o núcleo do indicador permanecendo mais de 125% acima da meta estabelecida pelo FED.

Em conjunto com os indicadores de atividade em níveis sólidos, mercado de trabalho robusto e salários em alta, observamos mais motivos para o banco central dos EUA permanecer hawkish e realizar mais um ajuste em sua taxa de juros até o final do ano, novamente na contramão do que o mercado espera.

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