A prévia da inflação dos países do euro registrou alta de 0,1% em outubro, menos do que os 0,3% esperados. Na comparação anual, a inflação recuou para 2,9%, também abaixo das projeções de 3,1%, e uma redução considerável dos 4,3% registrados em setembro.
Por outro lado, o núcleo da inflação marcou altas de 0,2% m/m e 4,2% a/a, sendo esse último em linha com as expectativas e mostrando leve redução dos 4,5% anteriores.
Entre meses, os bens industriais não energéticos (0,7%) puxaram o índice, seguidos pelos alimentos, álcool e tabaco (0,2%). A energia (-1,1%) ficou do lado negativo, enquanto os serviços permaneceram estáveis no mês.
Na comparação anual, os alimentos (7,5%) seguem como item de maior variação, seguidos pelos serviços (4,6%) e pelos bens industriais não energéticos (3,5%). Já a energia (-11,1%) acentuou sua queda.
Apesar do índice geral de inflação ter apresentado uma queda bastante acentuada e estar bem mais próximo da meta, destacamos que o núcleo do indicador permanece mais de 100% acima da meta, reforçando que o problema das pressões inflacionárias ainda está longe de ser resolvido.
Dito isso, os juros tendem a permanecer em patamar recorde histórico ao menos até a metade de 2024 e, como já comentamos no resultado do PIB, isso deve ser um dos fatores que levará os países europeus a uma recessão liderada pelo mau desempenho da indústria.