A inflação da Zona do Euro confirmou os dados da prévia e avançou 0,1% em outubro, ante setembro, menos do que os 0,3% esperados. Em relação a outubro de 2022, o índice teve alta de 2,9%, um recuo expressivo em relação aos 4,3% anteriores. Já o núcleo da inflação confirmou os avanços de 0,2% m/m e 4,2% a/a, sendo este último um leve recuo ante os 4,5% de setembro.
Na comparação mensal, os bens industriais não energéticos (0,6%) computaram o maior avanço, seguidos pelos alimentos, álcool e tabaco (0,2%). Por outro lado, a energia recuou 1,1% e os serviços ficaram estagnados.
Na comparação anual, os alimentos, álcool e tabaco (7,4% e 1,48 p.p.) tiveram a variação mais expressiva novamente e foram seguidos pelos serviços, que registraram o maior impacto (4,6% e 1.97 p.p.) e pelos bens industriais não energéticos (3,5%).
Ao mesmo tempo, a energia acelerou bastante sua queda e passou de -4,6% para -11,2%.
Apesar da boa evolução do índice geral e do mesmo se aproximar da meta, o núcleo da inflação permanece mais de 100% acima da meta, reforçando que o problema das pressões inflacionárias ainda está longe de ser resolvido.
Sendo assim, entendemos que o BCE manterá os juros em patamar recorde ao menos até a metade de 2024 e esse será o principal fator para os países do euro confirmarem uma recessão, possivelmente ainda esse ano, influenciada em grande parte pelo desempenho industrial ruim.