O Índice de Preços ao Produtor americano ficou estagnado em novembro, após apresentar o maior recuo em mais de 3 anos em outubro. Na comparação com novembro de 2022, o índice registrou alta de 0,9%, mínima de 5 meses. Já o núcleo do IPP apresentou alta de 0,1% entre meses e 2,5% entre anos. No período, tanto o índice de bens de demanda final, quanto o índice de serviços de demanda final não tiveram alteração.
Após recuar 1,4% em outubro, os bens de demanda final permaneceram estagnados em novembro. As altas de 0,6% nos preços dos alimentos e 0,2% nos preços dos bens compensaram o recuo de 1,2% nos preços da energia. Os preços dos ovos de galinha, frutas frescas e gás natural aumentaram, enquanto a gasolina, químicos industriais e combustível de avião caíram.
Do lado dos serviços, o índice de serviços, exceto comércio, transporte e armazenagem teve alta de 0,1% e foi compensado pelos índices de serviços comerciais e transporte e armazenagem, que contraíram 0,2% e 0,5%, respectivamente. As atividades de hospedagem de viajantes, alimentos e
álcool e vestuário avançaram, enquanto as margens de vendas de automóveis, vendas de químicos e vendas de móveis recuaram.
Apesar da estagnação, o índice acumulado em 12 meses seguiu em queda e já está bem abaixo da meta de 2% do edD e o núcleo está bastante próximo da referência, mostrando que os preços aos produtores já estão bem mais controlados do que os preços aos consumidores. Sendo assim, entendemos que um repasse desses preços mais baixos aos consumidores finais é natural, ainda mais com a desaceleração da atividade econômica e da demanda no país, fator que contribui para o cenário de redução gradual da inflação e “soft landing”. Por fim, mantemos as perspectivas de um Fed hawkish e juros no topo da curva por mais tempo e perda de atratividade dos índices americanos.
