IPP recua pelo terceiro mês

BRASA

O IPP brasileiro recuou 0,35% frente a março, confirmando o terceiro mês consecutivo de retração. Nessa comparação, 12 das 24 atividades industriais tiveram queda de preços. O acumulado no ano foi de -0,99%, segundo menor para um mês de abril desde o início da série histórica. Em 12 meses, o indicador acumula -4,63%, maior queda da série histórica para o indicador.

As quatro variações mais intensas vieram de farmacêutica (3,97%), impactada pelos reajustes dos medicamentos; papel e celulose (-3,57%), influenciada pela valorização do real; madeira (-3,19%); e outros produtos químicos (-2,61%). Os outros produtos químicos registraram a décima contração seguida e foi o setor de maior destaque na composição do resultado agregado, responsável por 0,22 p.p. da queda de 0,35%.

O recuo setorial reflete o excesso de oferta de fertilizantes após a escassez registrada no começo de 2022, causada pela eclosão da guerra na Ucrânia. Outras atividades que se destacaram pelo impacto foram o refino de petróleo e biocombustíveis (-0,18 p.p.), papel e celulose (-0,11 p.p.) e farmacêutica (0,1 p.p.).

No acumulado em 12 meses, as quatro maiores variações vieram de outros produtos químicos (-25,22%); refino de petróleo e biocombustíveis (-17,41%); fumo (17,22%); e bebidas (14,28%).

Já os setores de maior influência foram: outros produtos químicos (-2,63 p.p.); refino de petróleo e biocombustíveis (-2,22 p.p.); metalurgia (-0,90 p.p.); e indústrias extrativas (-0,44 p.p.), resultantes do excesso de fertilizantes, queda nas commodities e na atividade industrial à medida que as demandas interna e externa perderam fôlego.

A queda de maio pode ser bastante justificada pelas assimetrias no setor químico, que se recuperou da escassez resultante da guerra na Ucrânia e agora passa por dificuldades para se desfazer dos estoques, queda nas commodities e valorização do real.

Assim como afirmamos no resultado do IGPM, a perda de ritmo da economia nacional e global devem manter a tendência de desvalorização das commodities e a pressão sobre os indicadores de inflação baixa, reforçando a conjuntura de inflação mais baixa e cortes de juros no segundo semestre.

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