Meio de Pregão: Ibovespa opera na contramão do exterior; tensão com China pesa no dólar

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O Ibovespa registra valorização nesta terça-feira (02) e volta ao patamar dos 103 mil pontos, mas opera com instabilidade, alternando leves sinais de alta e baixa. O principal indicador da bolsa brasileira chegou a cair 0,43%, acompanhando os mercados internacionais, onde o dia é de aversão ao risco.

Pesa no exterior o temor dos efeitos da viagem da presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, a Taiwan, o que pode ser considerado uma provocação à China. Segundo Flávio Aragão, sócio da 051 Capital, os bons resultados corporativos e a expectativa de que o ciclo de alta de juros esteja próximo do fim chegou a animar algumas ações, mas não o suficiente para fazer estabilizar o índice.

O dólar também registra sinal positivo e ampliou a máxima intradiária, a R$ 5,24 no mercado à vista, em sintonia com o fortalecimento da moeda americana no exterior, após comentários da presidente do Federal Reserve de São Francisco, Mary Daly, alimentar a percepção de que o banco central não deve moderar o aperto monetário ou cortar juros tão cedo. Além disso, assim como no Ibovespa, pesa desde cedo a tensão entre EUA e China .

🇧🇷 Ibovespa +0,78% (103.021)

💵 Dólar +1,08% (R$ 5,23)

Cotações registradas às 12h35

 

Commodities

petróleo opera em alta modesta, revertendo o recuo visto nas primeiras horas de sessão. No radar de investidores está a reunião ministerial de amanhã (03) da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), que não deve aumentar sua meta de produção apesar do aperto no mercado.

O Comitê Técnico Conjunto da Opep+ cortou sua projeção de um superávit no mercado de petróleo neste ano em 200 mil barris por dia (bpd), a 800 mil bpd, afirmaram à Reuters dois delegados daorganização.

Além disso, estoques do óleo e de gasolina nos EUA devem ter recuado na semana passada, segundo pesquisa da Reuters. Os números oficiais dos estoques americanos saem na quarta-feira, com prévia da API marcada para o fim da tarde de hoje.

minério de ferro fechou em leve alta, os ganhos refletem os sinais de estímulos econômicos na China. O quadro deve sustentar os preços da commodity em um patamar de US$ 125/t no quarto trimestre de 2022, avalia o Citi em relatório. A conjuntura também sinaliza possível melhora no consumo de aço no ano que vem.

Do lado da oferta, o banco afirma que os estoques portuários de minério da China atualmente são suficientes para cobrir três a quatro semanas de produção de aço, o que também ajuda a elevar os preços. “O pior pode ter passado”, afirma Paul McTaggart, analista do Citi.

🛢 Brent +0,59% (US$ 100,62)

🛢 WTI +0,52% (US$ 94,38)

🇨🇳 Minério de ferro +0,19% (US$ 114,20)

Cotações registradas às 12h35; minério de ferro referente a Qingdao

 

(Com Agência Estado)

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