Hoje eu quero falar de riscos. A acumulação de dinheiro e formação de um patrimônio é a maior proteção contra a falta de dinheiro que alguém pode ter. Essa é a tão falada e desejada “independência financeira”, quando os ativos de uma pessoa lhe bastem para gerar um fluxo de dinheiro que suporte seu padrão de vida sem que ela precise trabalhar. Duas questões relevantes se colocam no atingimento desse objetivo:
E se eu não conseguir chegar lá? Como garantir que, após eu partir, meus herdeiros fiquem bem?
Na parte um deste artigo, abordarei a primeira questão, relevante para a maioria da população adulta.
No processo de acumulação, se você não veio de berço esplêndido, não tem jeito: é trabalho, trabalho e trabalho, até alcançar o patrimônio necessário. E, ao longo do trabalho, poupança (ato de poupar ou não gastar) e investimentos como ferramentas indispensáveis na construção patrimonial. Mas e se, ao longo desse processo, eu for vítima de algo que me tire a capacidade de trabalho? Um acidente, uma doença, um assalto seguido de morte, etc. (a lista de exemplos pode ser interminável)… Nesse caso, o que faço?
A resposta mais direta, óbvia e eficaz é um BOM seguro de vida. Fiz questão de colocar o adjetivo BOM na frente de “um seguro de vida” porque a diferença de qualidade entre os seguros ofertados no mercado ainda é gritante. As boas seguradoras, normalmente independentes dos grandes bancos brasileiros, costumam entregar um produto juridicamente mais robusto que os pares nacionais. Além do seguro vir de uma boa seguradora, é importantíssimo que um corretor competente calcule e oferte um seguro que seja o suficiente para cobrir o atual padrão da família que depende daquela pessoa que é o “arrimo” ou “esteio” dela.
Para pais com filhos pequenos, a necessidade é naturalmente percebida. Entretanto, outros públicos podem não ter essa visão. A pergunta chave a ser respondida aqui é: caso fique inválido (ou impedido de poder trabalhar, ainda que queira) permanentemente, como eu sustentaria a mim e àqueles da família que dependem de mim? Cada um que tenha patrimônio menor que o necessário para a independência financeira precisa responder a essa pergunta. E se, a resposta honesta te desagrada, você precisa de um BOM seguro de vida.
Para a maioria das pessoas, o seguro de vida também será a melhor resposta para a sucessão patrimonial. Quando alguém se vai, custa em média 15-20% do patrimônio (entre impostos – ITCMD, taxas e emolumentos cartorários e honorários de advogados). Esse valor varia por estado (o ITCMD é imposto estadual). Então, a título de ilustração, na média, pode-se esperar que a família arcará com R$ 150 a 200 mil por cada R$ 1 milhão de patrimônio. Em São Paulo, por exemplo, não é algo muito fora da realidade ter um imóvel cujo valor seja próximo ou acima a R$ 1 milhão. Assim, para muita gente, pode-se esperar um inventário que custe acima de R$ 100 mil.
Infelizmente, muitas famílias dessas que terão um custo de inventário acima de R$ 100 mil não tem os beneficiários preparados para essa realidade. E a falta de preparo custará muito caro após a partida daquele arrimo de família que tem a maioria dos bens em seu nome. Um seguro de vida, pelas características jurídicas desse instrumento, não é considerado como herança para efeito de inventário (Código Civil Artigo 794) e, assim, se presta a ser utilizado, pois é pago aos beneficiários assim que apresentados os documentos necessários para regulação do sinistro e posterior pagamento do benefício. Agora, para patrimônios maiores que R$ 3 milhões, outras ferramentas podem ser mais adequadas – disso falaremos na parte II desse artigo.
Se você tem seguro de carro (ou de qualquer outro bem) e não tem seguro de vida, sem medo de errar, eu afirmo que você está com prioridades equivocadas em onde melhor gastar seus reais orçados para proteção.
Caso queira uma assessoria sobre se precisa e qual o seguro de vida mais adequado a você e sua família, procure-nos, e um de nossos corretores terá alegria em te ajudar a proteger seu maior bem: sua família!