O nível de atividade dos negócios americanos continuou avançando em ritmo sólido em março de acordo com as prévias dos PMIs, mas houve leve redução (52,2 x 52,5). A queda se deu em função de um aumento mais fraco da atividade dos serviços, enquanto a indústria avançou no ritmo mais acelerado em quase dois anos.
Um cenário similar foi notado na demanda, com os novos pedidos crescendo menos em função das pressões inflacionárias elevadas. Os pedidos para exportação subiram marginalmente à medida que um aumento na indústria contrastou com uma queda nos serviços.
No mais, a taxa de criação de empregos, por outro lado, ganhou força e atingiu a máxima de um ano em meio às perspectivas mais otimistas para os próximos 12 meses desde maio de 2022. Os participantes da pesquisa atribuíram o maior grau de confiança ao ritmo mais rápido da economia americana e atividades planejadas de marketing.
Enquanto isso, as pressões inflacionárias deram sinais de mais velocidade à medida que os custos de insumos cresceram no ritmo mais rápido em 6 meses e os preços de venda tiveram o aumento mais expressivo desde abril do ano passado. Os serviços relataram um aumento das despesas operacionais causado pelos salários mais altos, enquanto os fabricantes atribuíram a alta ao preço do petróleo e da gasolina.
Seguimos observando um nível de atividade bastante robusto nos Estados Unidos impulsionado pelos dois setores, mas dessa vez principalmente pelo setor industrial que se beneficiou do aumento do número de pedidos internos e externos.
Além disso, também houve mais criação de empregos e um aumento no otimismo. Em contraponto, as pressões inflacionárias voltaram a crescer e são mais um sinal de persistência dos preços elevados na economia americana.
Finalmente, mantemos a previsão de um cenário macroeconômico em linha com a tese de “soft landing” e é preciso cautela nos próximos meses devido à incerteza crescente sobre o processo desinflacionário do país que pode alongar o ciclo de política monetária atual.