Nova retração no varejo americano

As vendas no varejo americano contraíram 1% em março, confirmando o segundo mês seguido de resultados negativos após uma alta expressiva de 3% em janeiro, indicando o movimento de correção do setor. Em relação a março do ano passado, o volume de vendas foi 2,9% superior, desacelerando dos 5,4% registrados em fevereiro.

Os componentes do indicador que mais contribuíram com a queda foram os postos de gasolina (-5,5%), as lojas de mercadorias em geral (-3%) e lojas de eletrônicos e eletrodomésticos e materiais de construção (-2,1% ambas). Entre os positivos se sobressaíram os varejistas sem loja (1,9%), saúde e cuidados pessoais (0,3%) e lojas de bens esportivos e diversos (0,2% ambas).

O varejo segue em um movimento corretivo e também foi prejudicado pela queda nos preços da gasolina em março, visto que o indicador não é ajustado pela inflação. No mais, a nova redução do volume de vendas está em linha com a demanda doméstica deprimida, a inflação alta e os juros ainda crescentes.

Outro fator que pode ter influenciado o resultado negativo é a incerteza resultante da instabilidade no sistema bancário em março, que pode ter levado os consumidores a poupar.

De todo modo, mantemos a projeção de desaceleração do varejo ao longo do ano, em linha com a trajetória que a economia americana deve seguir em meio aos juros altos, crise de crédito, instabilidade no sistema bancário e inflação persistente.

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