Novos sinais de força nos Estados Unidos

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O nível de atividade dos negócios americanos avançou 1,4 ponto na prévia de janeiro e foi a 52,3, maior patamar em 7 meses. Mais uma vez, o resultado tem o bom desempenho do setor de serviços, que registrou alta de 1,5 ponto para 52,9, como destaque.

Ao mesmo tempo, o desempenho industrial avançou 2,4 pontos para 50,3 e reentrou em território expansionista, indicando força na economia americana de forma generalizada.

Os participantes da pesquisa relataram uma ampla melhora nas condições de demanda em janeiro à medida que o número de novos pedidos cresceu tanto na indústria como nos serviços.

As condições mais robustas estão associadas ao número maior de indicações de clientes e diminuição dos estoques dos clientes. A demanda, entretanto, ganhou força apenas internamente, visto que os novos pedidos de exportação caíram pelo segundo mês seguido.

Ao mesmo tempo, o crescimento da produção foi liderado pelos serviços, enquanto o setor secundário continuou computando queda moderada na atividade. A indústria já mostrava níveis mais baixos de produção em função dos juros altos e sofreu em janeiro com interrupções nas cadeias de suprimentos causadas por eventos climáticos.

Ademais, o emprego cresceu no primeiro mês do ano, embora apenas marginalmente. As empresas informaram que o aumento da força de trabalho resultava do crescimento da demanda e do preenchimento de vagas de trabalhadores qualificados.

Já as pressões inflacionárias diminuíram em janeiro à medida que os custos de insumos subiram em ritmo mais lento. Os produtores de bens registraram a alta mais pronunciada nos custos em meio aos desafios para conseguir materiais, preços mais altos de transporte e custo de combustível elevado.

Apesar disso, os preços de venda subiram, mas o incremento foi o menor desde maio de 2020.

Por último, as companhias se mostraram mais otimistas em relação aos próximos 12 meses em meio às expectativas de melhora nas condições de demanda, investimento e lançamento de novas linhas de serviço.

A economia americana continua apresentando um comportamento bastante robusto mesmo com os juros elevados, fato que aumenta a probabilidade do FED manter os juros elevados por mais tempo e praticamente anula a possibilidade do ciclo de cortes de juros ter início em março.

Dessa forma, vemos uma consolidação do cenário de “soft landing” dos Estados Unidos, mas também esperamos mais resistência na inflação em meio aos dados fortes de atividade e do mercado de trabalho.

Sendo assim, temos perspectiva de crescimento mais baixo em 2024 e o retorno da inflação à meta em 2025, em linha com as projeções mais recentes do FOMC, e os investidores estrangeiros devem permanecer animados com o cenário de economia forte e queda de juros.

[Fonte: Benndorf Research]

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