O payroll americano mostrou a criação de 199 mil empregos em novembro, superando as expectativas de 180 mil e o número anterior de 150 mil. A taxa de desemprego caiu de 3,9% para 3,7% no período.
Em novembro, os desempregados de longo prazo caíram para 1,2 milhão e agora representam 18,3% de todos os desocupados. No mais, a razão emprego população avançou 0,3 p.p. para 60,5% e a taxa de participação da força de trabalho permaneceu inalterada em 62,8%, patamar que vem se sustentando desde agosto. Outro indicador que permaneceu estável foi o número de desalentados, ainda em 5,3 milhões.
Os segmentos que mais criaram empregos no penúltimo mês do ano foram: assistência médica (77 mil), setor público (49 mil), lazer e hospitalidade (40 mil) e manufatura (28 mil). É fundamental apontar que a atividade de manufatura contou com um incremento de 30 mil trabalhadores na atividade de veículos motorizados e partes, que voltaram ao trabalho após o fim da greve no “Big Three”.
Por último, o ganho médio por hora dos trabalhadores cresceu 0,4% ante o mês de outubro para US$ 34,10. Nos últimos 12 meses, o ganho médio por hora acumula expansão de 4%, superando a taxa de inflação atual do país. O payroll volta a mostrar que o mercado de trabalho americano continua bastante resiliente e que o salários seguem como um dos principais pontos de inflação nos EUA.
Ao mesmo tempo, é preciso levar em conta a distorção causada pelo retorno dos trabalhadores da indústria automotiva no cálculo, algo que não irá se repetir em dezembro, e, portanto, deixa o resultado atual em linha com os números mais lentos observados nos últimos meses. Dessa forma, mantemos as perspectivas de fim do ciclo de aperto monetário e “soft landing” para os EUA.