Via de regra, o mês de janeiro é de mornidão no mercado financeiro. A não ser por alguma eventual crise ou escândalo, faltam notícias e liquidez para direcionar investidores e traders.
Entretanto, mesmo em tal cenário há espaço para operações acertadas com ações da B3. É o que defende o analista técnico Filipe Borges, ao revelar seus três trades para este início de ano.
Petrobras [PETR4]
O ativo se encontra em uma longa movimentação de pivô de alta, iniciado em outubro de 2023. Filipe se posicionou no papel a R$ 36,05 – portanto, já garantiu mais de 4% de lucro considerando a cotação do fechamento de quarta-feira (10), de R$ 37,75.
Para quem ainda deseja se posicionar no papel, Filipe indica stop loss em R$ 37,35. O alvo da operação é de R$ 44,90, e a condução da operação tem atualizações semanais, orientada pela mínima do candle semanal.
“Se Petrobras atingir o alvo em R$ 44,90 nós teremos um alvo para PETR4 em torno de 24,5%”, completa.
Cyrela [CYRE3]
O papel da construtora é outra operação de olho em um pivô de alta. Só que dessa vez, o analista utiliza o gráfico de dois dias para análise do trade. “Com o gráfico de dois dias, a movimentação gráfica fica um pouco mais limpa e mais fácil de ser analisada.”
Filipe se posicionou em CYRE3 a R$ 22,72, logo após uma retração em médias móveis sequente a um salto de 30% do papel. “Com isso, enxerguei uma perna um com aumento de volume que fez com que o preço realmente subisse bastante.”
O stop da operação está em R$ 21,62, e a realização parcial de lucros é de R$ 23,77. O alvo final é R$ 28,50, equivalente a 25,4% de lucro considerando o ponto de entrada.
Magazine Luiza [MGLU3]
“No momento não vejo nenhuma operação em Magazine Luiza”, resumiu Filipe. Aos já comprados, ele sugere a região abaixo de R$ 1,85 para quem deseja proteger posições.
As ações estão em consolidação entre R$ 1,88 e R$ 2,54, mantendo volume estável nos últimos pregões. Já pode-se observar topos e fundos descendentes em MGLU3, com resistência próxima de R$ 2,26.
O rompimento da resistência configuraria um padrão de alargamento no gráfico, o qual não abriria espaço para compras no papel, indica Filipe. “Mais interessante seria o ativo tentar romper fundo em R$ 1,90 e depois voltar a subir sem o rompimento desse fundo anterior.”