Em setembro, o Índice de Preços ao Produtor americano registrou alta de 0,5%, superando as projeções de 0,3% do mercado. Na comparação com setembro do ano passado, o índice teve alta de 2,2%, recorde desde a alta de 2,3% registrada em abril. O núcleo do IPP teve alta de 0,2% na comparação mensal e 2,8% na comparação anual.
O índice de bens de demanda final (0,9%) lideraram a alta, seguidos pelo índice de serviços de demanda final (0,3%). O índice de bens teve a terceira alta consecutiva e quase 75% do avanço pode ser atribuído ao aumento de 3,3% na energia.
Entre os produtos, cerca de 40% da alta mensal está relacionada a alta de 5,4% nos preços da gasolina, resultado da valorização do barril do petróleo no período. Os preços do combustível de avião, carnes, energia elétrica e óleo diesel também subiram.
Entre os serviços, mais de 60% da alta mensal foi causada pelos preços dos serviços de demanda final, menos comércio, transporte e armazenagem. Entre os produtos, o salto de 13,9% nos serviços de depósito foi o principal fator para o avanço e houve contribuição de itens como maquinário, saúde e hotelaria.
A alta do petróleo continua pressionando os preços nos Estados Unidos e contribui para manter a inflação mais persistente. Isso em conjunto com a resiliência da economia e os riscos que surgem da guerra em Israel devem levar o FED a manter a taxa de juros estável na reunião de outubro, mas ainda deixar espaço para mais um aumento na taxa de juros, reforçando o comportamento orientado a dados da autoridade monetária.