O PIB americano do primeiro trimestre foi revisado para cima e passou de 1,1% para 1,3% no período. O resultado ainda é modesto em relação às expectativas de expansão de 2%. A revisão do PIB refletiu um aumento principalmente no investimento em estoque privado.
No primeiro trimestre, o crescimento americano foi influenciado pelas despesas dos consumidores, exportações, gastos dos governos federal, estadual e local, e investimento fixo não residencial, que foram parcialmente compensados por quedas no investimento em estoque privado e no investimento fixo residencial. As importações, que contribuem negativamente para o crescimento, também avançaram.
A economia americana apresenta um momento bem desigual, assim como a Europa e a China, com força no setor terciário e contração na indústria, denotando a conjuntura de inflação alta e juros restritivos, além da redução da oferta de crédito.
Com os efeitos da crise do sistema bancário se ampliando a partir do segundo trimestre e a tendência de permanência da inflação acima da meta, bem como dos juros no topo da curva, esperamos desaceleração e a confirmação de uma recessão no país ainda em 2023, mesmo cenário projetado pelos membros do FOMC na última reunião, como pudemos observar na ata divulgada pelo comitê ontem.