PIB dos EUA supera expectativas

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O PIB dos Estados Unidos cresceu 2,9% de acordo com a primeira prévia do resultado, desacelerando dos 3,2% do 3T, mas superando as expectativas de 2,6%.

O PIB real cresceu impulsionado pelo investimento em estoque privado, despesas dos consumidores, despesas dos governos federal, estadual e local e investimento fixo não residencial, que mais do que compensaram quedas no investimento fixo residencial e exportações. As importações também recuaram no trimestre.

O investimento em estoque privado avançou puxado pela indústria (principalmente petroleira), mineração, serviços públicos e indústrias de construção.

As despesas dos consumidores cresceram tanto com bens quanto serviços. Entre os serviços se destacaram os cuidados médicos, habitação e serviços públicos. Já entre os bens se sobressaíram os veículos motorizados e partes.

Já nos gastos do governo, o federal expandiu alavancado pelos gastos não defensivos, enquanto o estadual e local foram puxados pelos aumentos de salários.

Pelo lado das quedas, o investimento fixo residencial foi afetado pela diminuição das construções para uma família, e as exportações contraíram impactadas pelos bens, que foram parcialmente compensados por uma alta dos serviços. Entre as importações, a queda foi causada em grande parte pelos bens.

No 4T, a renda pessoal aumentou US$ 311 bilhões, influenciada pelos salários, benefícios sociais e renda pessoal com juros. A renda pessoal disponível cresceu 3,3%.

No mais, a poupança pessoal foi de US$ 552,9 bilhões. A taxa de poupança passou de 2,7% no 3T para 2,9% no 4T.

O crescimento do PIB além das projeções reitera a resiliência da economia americana, fato que podemos atribuir ao mercado de trabalho ainda muito resiliente e salários crescentes. Esse resultado é mais um indicador que reforça o case de “soft landing” dos EUA e pode levar o FED a determinar o intervalo de 4,5% – 4,75% como a taxa terminal de juros.

Ao mesmo tempo, uma recessão ainda é esperada para a potência norte-americana durante o 1S23 em função dos juros altos e consequente desaceleração da economia.

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