O PMI Industrial brasileiro cresceu 2,8 pontos para 47,1, permanecendo em território contracionista pelo sétimo mês consecutivo, evidenciando os impactos negativos que a taxa de juros alta tem sobre o setor.
O resultado de maio foi causado por contrações contínuas nos índices de novos pedidos, produção, emprego e níveis de compra. Ao mesmo tempo, houve sinais positivos.
As condições ruins de demanda e os estoques elevados culminaram na redução mais acentuada nos prazos de entrega dos fornecedores nos mais de 17 anos de pesquisa. Simultaneamente, os preços dos insumos caíram apenas pela terceira vez em quase nove anos.
Consequentemente, as empresas repassaram esses alívios aos consumidores, reduzindo os preços de venda. Por fim, o setor ficou mais confiante com os próximos 12 meses. As previsões de retomada das vendas, novas fábricas, diversificação de produtos, aquisições de maquinário e a esperança de taxas de juros mais baixas causaram o otimismo.
A indústria nacional continua pressionada pelas taxas de juros altas e pela demanda deprimida por bens, tanto internamente quanto externamente.
Ao mesmo tempo, a contração ajuda a reduzir a inflação e observamos os efeitos chegando aos consumidores, algo que será importante para manter a inflação contida e amenizar os impactos das altas de impostos em junho e julho, bem como preservar a tendência de queda das expectativas de inflação e dos cortes de juros.
No mais, esperamos uma retomada do setor no final do 3T/início do 4T, impulsionada pelos cortes de juros e retomada da economia chinesa.