PMIs europeus apontam para mais contração

O PMI Composto da Zona do Euro recuou 0,6 ponto para 47 na prévia de dezembro. O resultado é consequência da queda de 0,6 ponto no PMI de Serviços, que recuou para 48,1 pontos, já que o PMI Industrial permaneceu estável em 44,2.

Novamente, a redução generalizada da atividade dos negócios foi causada pela queda no fluxo de novos pedidos, que caíram pelo sétimo mês seguido, com a taxa de queda permanecendo inalterada em relação a novembro.

Os ovos pedidos de bens recuaram pelo vigésimo mês consecutivo e a uma taxa ainda acentuada em comparação com os padrões históricos, enquanto a taxa de perda de novos pedidos no setor de serviços permaneceu entre as maiores dos último 3 anos.

Em meio à demanda fraca, o emprego caiu pelo segundo mês seguido. A indústria cortou empregos pela sétima vez consecutiva e a uma das maiores taxas desde 2012, se desconsiderarmos os meses da pandemia. Já os prestadores de serviços continuaram reduzindo suas contratações e tiveram expansão apenas marginal da força de trabalho.

Além disso, os fabricantes reduziram sua atividade de compra a uma das taxas mais aceleradas desde a crise do subprime, resultando na maior redução dos estoques de insumos desde novembro de 2009. Os estoques de bens finais continuaram contraindo para reduzir custos.

Já a inflação de insumos registrou a menor alta desde agosto, com um aumento apenas marginalmente acima da média pré-pandemia da série histórica. Os custos de insumos caíram pelo décimo mês na indústria e foram acompanhados por mais arrefecimento nos serviços.

Apesar disso, os preços de venda aumentaram a uma taxa acelerada, apresentando a alta mensal mais expressivo desde maio e bem acima da média histórica da pesquisa.

Por fim, as empresas se mostraram mais otimistas em relação aos próximos 12 meses, com o sentimento atingindo a máxima de 4 meses, mas bem abaixo de sua média de longo prazo. A melhora foi limitada à indústria, entretanto, que registrou o maior nível de confiança desde maio, enquanto os serviços permaneceram com a visão mais pessimista em um ano.

Após uma alta pontual do nível de atividade em novembro, possivelmente causada pelos eventos de varejistas e em um movimento de antecipação do consumo para o final de ano, os países do euro voltam a apresentar redução nos PMIs e caminham para a confirmação de uma recessão técnica no 4T23, com a indústria permanecendo como destaque negativo.

Nesse sentido, reiteramos que o patamar atual dos índices europeus não se justifica pelo momento macro e empresas expostas ao continente devem enfrentar um cenário adverso nos próximos meses.

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