PMIs mostram leve recuo na atividade brasileira

BRASA

O PMI Composto do Brasil recuou 1,6 ponto para 49 em setembro, mínima de 29 meses que recoloca o país em território contracionista após apresentar crescimento em agosto. A queda é resultado dos níveis de atividade menores na indústria (49 x 50,1, em agosto) e nos serviços (48,7 x 50,6).

Em setembro, os novos pedidos caíram tanto no setor industrial como no de serviços, impactados por condições de demanda desfavoráveis, pelas fortes chuvas e inundações e pela redução dos investimentos no setor privado. Consequentemente, as vendas agregadas diminuíram pela primeira vez em 6 meses.

O emprego permaneceu inalterado no período, já que o aumento das contratações na indústria foi compensado pelos cortes no setor terciário.

Ao nível consolidado, a inflação dos preços de insumos acelerou e atingiu o maior valor em 3 meses, resultado que pode ser atribuído exclusivamente aos custos mais elevados na economia de serviços e estão ligados principalmente ao aumento dos preços dos combustíveis. Como efeito, os preços cobrados ao nível consolidado tiveram leve alta, influenciados pela alta dos serviços e parcialmente compensados pelo recuo dos bens.

Por fim, as expectativas da indústria continuam melhorando, apoiadas por perspectivas de custos de empréstimos mais baixos, maior estabilidade econômica e investimentos planejados em novos produtos. Em contraponto, o otimismo do setor de serviços recuou da máxima de 10 meses registrada em agosto, com algumas empresas expressando preocupações relativas a políticas públicas.

A queda dos PMIs em setembro é inesperada e reflete a oscilação dos indicadores macroeconômicos mais recentes, também com algum impacto de eventos climáticos que não estará presente nos próximos resultados.

Diante do ciclo de corte de juros, melhora das condições financeiras, maior controle inflacionário, queda do desemprego e crescimento robusto da economia no 2T23, ainda mantemos uma visão positiva para os próximos meses e a retomada do crescimento nos PMIs, fato que deve beneficiar ativos mais cíclicos.

[Fonte: Benndorf Research]

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