Por que bancos não têm Ebitda?

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Com mais uma temporada de balanços chegando ao fim, todos investidores ficaram atentos no que estes resultados podem dizer sobre o presente e futuro das mais diversas empresas. Um dos setores mais importantes – e que carrega em si instituições de grande porte – é o financeiro.

Dentro do setor – que também conta com corretoras e empresas de seguros – o destaque vai para os bancos, que incluem grandes empresas como Bradesco [BBDC3;BBDC4], Itaú [ITUB4], Banco do Brasil [BBAS3] e Santander [SANB11].

Entretanto, ao consumir análises fundamentalistas de bancos é possível observar que um dos principais indicadores utilizados por investidores não se faz presente: o Ebitda.

Ebitda é a sigla em inglês para “Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization”, ou, em português, “lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização”. 

Segundo Max Bohm, estrategista de investimentos da Nomos, esse indicador é traduzido à geração de caixa operacional de uma empresa. Ele também sinaliza que o Ebitda não é uma medida contábil, isto é, não aparece no balanço trimestral de uma empresa.

Entretanto, ele é obtido a partir de dados apresentados nos balanços. Mais especificamente, o lucro operacional, a depreciação e a amortização. 

Então por que bancos não têm Ebitda?

Max explica que estas instituições não têm os dados essenciais para se calcular o Ebitda. 

“A estrutura de conta de um balanço de banco não tem lucro operacional, não tem depreciação, amortização, como teria em uma outra empresa”, afirmou.

De acordo com o especialista, estas empresas possuem outras medidas oferecidas em seus resultados trimestrais como a margem financeira líquida, receita de serviços, despesas operacionais, lucro antes de imposto e lucro líquido.

“É um balanço mais simples. É uma estrutura de resultado mais simples. Por isso não tem Ebitda em bancos”, declarou.

Max também sinalizou como o cálculo da geração de caixa dos bancos. 

Segundo ele, é a diferença de captações e empréstimos somada à receita de serviços menos as despesas operacionais.

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