A Zona do Euro apresentou deflação de 0,1% em julho na comparação mensal, primeira queda em 6 meses. Em relação a julho do ano passado, o índice recuou 0,2 p.p., para 5,3%. O núcleo da inflação também apresentou deflação de 0,1% na comparação mensal, mas permaneceu estável em 5,5% entre anos.
No mês, os itens que mais contribuíram para a queda dos preços foram os bens industriais não energéticos (-2,7%) e a energia (-0,2%). Por outro lado, alimentos, álcool e tabaco (0,1%) e serviços (1,3%) tiveram alta e compensaram quase todo o efeito negativo.
Em relação ao ano passado, a energia (-5,6% x -6,1%), os bens industriais não energéticos (5,5% x 5%) e os alimentos, álcool e tabaco (12,4% x 11,3%) perderam ritmo, enquanto os serviços (5,4% x 5,6%) aceleraram.
Apesar do resultado, o índice geral da inflação da Zona do Euro permanece praticamente inalterado, enquanto o núcleo está estagnado, mostrando pouca efetividade da política monetária conduzida pelo BCE até o momento.
Dito isso, esperamos que a autoridade monetária europeia mantenha sua postura hawkish e promova ao menos mais um ajuste de 0,25 p.p. na taxa de juros, medida que deve manter a demanda pressionada e impactar principalmente a indústria, em linha com o cenário de recessão para o início de 2024.