por Benndorf Research
O PMI Composto dos EUA recuou de 52,7 para 50,4 pontos na prévia de fevereiro, indicando uma brusca desaceleração no segundo mês do ano, um ritmo de atividade praticamente estagnado e pior resultado dos últimos 17 meses. O setor de serviços (49,7 x 52,9) foi o grande responsável pela desaceleração da economia americana e reentrou em território contracionista, enquanto a indústria (51,6 x 51,2) compensou parcialmente o recuo.
O crescimento dos novos pedidos enfraqueceu substancialmente, enquanto o emprego caiu em meio às incertezas crescentes e preocupações acerca dos custos.
Nos preços, a inflação de custos de insumos acelerou para o patamar mais elevado desde setembro do ano passado, enquanto os preços de venda tiveram o menor aumento em três meses.
Por último, o otimismo dos negócios para os próximos 12 meses recuou para a mínima desde dezembro de 2022, com exceção de setembro do ano passado, diante de preocupações crescentes em relação às políticas governamentais relacionadas aos cortes de gastos e tarifas, bem como com preços mais altos e desenvolvimentos geopolíticos.
A manutenção do comportamento observado em janeiro mostra a crescente incerteza dos gerentes americanos à medida que a realidade se instala após uma onda inicial de euforia gerada pela confirmação de um novo mandato de Trump. Sendo assim, reiteramos a expectativa de uma aceleração menor do que o esperado na economia dos EUA em 2025 em função das políticas inflacionárias do novo governo, guerras comerciais com outros países e embates com o FED. Portanto, podemos ver uma quebra de expectativa do mercado caso esse cenário se confirme, prejudicando os índices acionários, especialmente nos segmentos mais elásticos aos juros.