A produção industrial americana contraiu 0,2% em maio após dois resultados positivos consecutivos, abatendo parcialmente esse crescimento. Em relação a maio de 2022, o índice também registrou queda de 0,2%.
No período, o índice fabril cresceu 0,1%, enquanto os índices de mineração e serviços públicos caíram 0,4% e 1,8%, respectivamente. No mais, a utilização da capacidade do setor recuou para 79,6%, patamar apenas 0,1 p.p. abaixo de sua média histórica.
A alta da produção fabril é resultante do crescimento da produção de bens duráveis (0,3%) e outras fábricas (0,2%), enquanto os não duráveis registraram recuo de 0,1%.
Entre os duráveis, os equipamentos de transporte diverso e aeroespacial tiveram o resultado mais expressivo ao crescer 2,5%, mas é interessante lembrar que esse é um dos itens mais voláteis da produção de bens duráveis, enquanto computadores e produtos eletrônicos computaram a queda mais relevante (-0,8%).
Entre os não duráveis, um ganho de 1,7% no índice de petróleo e produtos de carvão foi superado por contrações nas demais indústrias.
Já a queda na produção da mineração pode ser atribuída em grande parte por recuos na mineração de carvão e atividades de apoio (em especial perfuração de poços de petróleo e gás natural). Ao mesmo tempo, a contração dos serviços públicos foi causada pela produção menor de eletricidade.
Como havíamos comentado no resultado de abril, os dois meses seguidos de crescimento da produção industrial americana se provaram pontuais e agora o setor retorna para o território negativo à medida que a demanda por bens segue em baixa, impactada pela inflação alta, juros restritivos, deterioração da oferta de crédito e desaceleração das principais economias mundiais.
Dito isso e tendo em mente a conjuntura de manutenção dos juros nesse patamar, esperamos que a atividade industrial siga deprimida no restante de 2023 e início de 2024.