A produção industrial dos países do euro cresceu 0,7% em janeiro, recuperando parte da queda de 1,3% registrada em dezembro e mantendo o padrão de oscilação característico do segundo semestre de 2022. Nos últimos 12 meses a produção industrial europeia acumula alta de 0,9%.
Em janeiro, a produção dos bens intermediários (1,5%) foi a única atividade a crescer, sendo a responsável exclusiva pelo resultado do mês. Por outro lado, as produções de bens de capital (-0,2%), bens duráveis (-0,7%), energia (-0,8%) e bens não duráveis (-2,1%) recuaram e compensaram parcialmente a alta dos bens intermediários.
A alta exclusiva da produção de bens intermediários aponta para um resultado muito influenciado pela reabertura da China, ao mesmo tempo que os países europeus enfrentam um cenário interno de desaceleração, uma das maiores taxas de inflação da história, a consequente corrosão do poder de compra e o aumento agressivo das taxas de juros pelo BCE.
Portanto, entendemos que os dados da Europa devem continuar oscilando no curto e médio prazo, acompanhando a perda de ritmo das economias do continente ao mesmo tempo que a China conduz sua reabertura e ganha ritmo, potencialmente beneficiando as exportadoras europeias e a economia alemã, que é a principal parceira econômica entre as nações do euro.