A produção industrial alemã cresceu 2% em fevereiro, desacelerando da expansão de 3,7% registrada em janeiro, mas confirmando o segundo mês seguido de resultados positivos e superando por muito as expectativas de 0,1%. Em comparação com fevereiro do ano passado, a produção industrial cresceu 0,6%.
Excluindo a produção de energia e na construção, o indicador teve alta de 2,4%.
Em fevereiro, a maioria dos setores econômicos apresentou expansão em seus níveis de produção, com destaque para a fabricação de veículos motorizados (7,6%), que é o maior setor industrial da Alemanha e seu principal produto de exportação. Outro setor que cresceu e influenciou o resultado expressivo de fevereiro foi a construção (1,5%).
No mais, todos os grandes grupos industriais computaram expansão, liderados pelos bens de capital (3,4%), que foram seguidos pelos bens intermediários (1,8%) e pelos bens de consumo (1,4%). Já a produção de energia recuou 1,1%.
O novo crescimento da produção industrial alemã em fevereiro é um indicador bastante positivo, principalmente porque é puxado pelos automóveis, setor de maior relevância para o país e que ainda apresentava fraqueza em janeiro.
Isso somado à retomada chinesa é um indicador promissor para fortalecer a principal economia do continente europeu.
Por outro lado, os impactos da instabilidade bancária no ocidente já causaram uma nova redução na atividade industrial de março e devem levar a uma restrição na oferta de crédito, provavelmente levando a uma redução na demanda doméstica ao longo do ano.
Além disso, os juros devem permanecer altos durante todo o ano para conter a inflação, que ainda persiste.
Dito isso, esperamos impactos na produção industrial resultantes da redução da demanda doméstica, mas a retomada chinesa deve ajudar bastante a Alemanha, resta saber qual força prevalecerá no médio e longo prazo.