A produção industrial chinesa cresceu 3,7% em julho, na comparação com o mesmo mês do ano passado, desacelerando do resultado de junho e ficando abaixo das expectativas de crescimento de 4,5% do mercado. A produção industrial chinesa ficou abaixo das projeções em 5 dos últimos 6 resultados.
Olhando para os segmentos específicos da indústria, o crescimento da produção perdeu ritmo na fundição e prensagem de metais não ferrosos (8,9% x 9,1% em junho); químicos (9,8% x 9,9%), maquinário e aparelhos eletrônicos (10,6% x 15,4%), metais (1,4% x 2,4%), computadores e equipamentos de comunicação (0,7% x 1,2%) e mineração e lavagem de carvão (0,4% x 2%).
Enquanto isso, a produção acelerou na extração de petróleo e gás natural (4,2% x 4,1%), fundição e prensagem de metais ferrosos (15,6% x 7,8%), artigos de plástico e borracha (3,6% x 3%) e processamento de alimentos (3% x 2,2%).
A produção industrial é apenas mais um indicador decepcionante em meio aos vários outros e novamente reafirma o mau momento da economia chinesa, que enfrenta bastante dificuldade para engatar uma recuperação à medida que a demanda desacelera tanto internamente como externamente.
Assim como na Europa e nos Estados Unidos, a indústria da China também é o setor mais impactado pela falta de demanda, algo que deve persistir no curto e médio prazo caso o governo não injete estímulos na economia, mas vemos o agravamento da crise imobiliária e possíveis respingos no setor financeiro como um “empurrão” para que os estímulos sejam formalizados.