Panorama de 6 a 10 de maio
O Ibovespa passou a semana toda em alta, com exceção da terça-feira (30), antes da reunião do Federal Reserve (Fed) e em véspera de feriado no Brasil.
Após a divulgação do payroll, voltou à tona a perspectiva de que o banco central americano tem espaço para começar a cortar os juros ainda neste ano, fazendo o indice subir mais de 1%, ultrapassando 128 mil pontos, nesta sexta-feira (03).
Na próxima semana, o mercado acompanha o Copom e o IPCA de abril.
Radar de Proventos
Na próxima segunda-feira (06), ficam “ex-dividendos” os ativos da Taesa [TAEE11] e Klabin [KLBN11].
Na terça-feira (07) é a vez da Engie [EGIE3]. Já Assaí [ASAI3]* se torna “ex” na quarta-feira (08).
Quinta-feira (09) é dia do Grupo Soma [SOMA3]*, Cruzeiro do Sul [CSED3]* e Cury [CURY3].
Por fim, na sexta-feira (10), Cosan [CSAN3]*, Randon [RAPT4]*, Qualicorp [QUAL3]*, Santander [SANB11]* e Eztec [EZTC3] ficam “ex-dividendos”.
*O relatório da Bloomberg aponta que as datas em que estas ações ficam “ex-proventos” são apenas previsões, não estão confirmadas, estando sujeitas a mudanças.
Panorama do Ibovespa
De acordo com o analista técnico Filipe Borges, o Ibovespa vem caminhando para “excelente” fechamento no gráfico diário e semanal. “No gráfico diário, o mercado vai testar a LTB nesse momento”, explicou.
Já no semanal, o analista ressalta que o ativo está em região realmente para voltar a subir, a movimentação parecida com o canal de alta do gráfico semanal, e o mercado “realmente” querendo apontar para cima.
Dicas de Trades
OceanPact [OPCT3]
OCPT3 está com uma “bela” movimentação de alta, o ativo em alta no gráfico diário e no semanal também, de acordo com Borges.
Além disso, o analista pontua que o papel já confirmou o rompimento de pivô, a resistência em R$ 6,29 atuando como bom suporte. Atualmente, ele continua, no rompimento de R$ 6,60, há espaço para mais altas no ativo, com o próximo alvo em R$ 7,50.
Embraer [EMBR3]
Klabin [KLBN11]
Segundo o analista, Klabin faz boa correção do ativo no gráfico semanal, após alta movimentação de compra.
Com o movimento da máxima desta semana na região ente R$ 23,50 e R$ 23, 60 centavos, Borges indica o stop abaixo de R$ 22,85, e primeiro alvo na resistência em R$ 25,30.
Em caso de rompimento, o alvo principal ficaria entre R$ 29 e R$ 31,60.
“Estou de olho para compras na próxima semana”, concluiu.
Indicadores econômicos
Em meio ao aumento das incertezas no cenário americano e o alongamento do ciclo de política monetária restritiva do Fed, o analista da Benndorf Research Marco Ferrini espera reflexos negativos na condução da política monetária brasileira.
Ele antecipa redução de 0,25 p.p. na taxa de juros brasileira na reunião de maio, contrariando o comunicado inicial do Comitê, indo mais em linha com o aumento do balanço de riscos externo, e com o posicionamento mais hawkish de Campos Neto em entrevista há algumas semanas.
Ainda assim, tendo em mente as poucas intervenções no mercado para conter o câmbio e os juros futuros, o analista não vê os riscos internos bastante controlados com a inflação dentro do intervalo da meta e um alinhamento entre Ministério da Fazenda e Banco Central.
“Portanto, esperamos que o Copom siga reduzindo a taxa Selic em 0,25 p.p. até o fim do ano, resultando em uma taxa terminal de 9,25% ao fim de 2024”, adicionou.
Já o IPCA deve continuar com variação mais baixa em abril e seguir convergindo para o centro da meta no indicador acumulado em 12 meses, segundo Ferrini.
O analista espera que as atividades de alimentação e bebidas, e saúde e cuidados pessoais continuem figurando como as de variação mais expressiva, a primeira ainda refletindo impactos climáticos principalmente na região sul e em partes do centro-oeste e sudeste, enquanto a segunda é alavancada pelos reajustes de 4,5% nos produtos farmacêuticos promovido em 31 de março, e nos planos de saúde, que continuam incorporando suas frações mensais.
Por outro lado, ele aponta que os transportes tendem a ser a principal variação negativa em função da queda nos preços das passagens aéreas.
Por fim, prossegue o analista, os impactos climáticos causados pelo El Niño devem se dissipar nos próximos meses, mas podemos ver efeitos negativos causados pela La Niña, que já está praticamente confirmada para o segundo semestre.
“De todo modo, ainda seguimos com perspectivas positivas para a inflação brasileira, algo que colabora para manter a percepção de risco interno baixa, aliviando parte da pressão sobre o Copom, que tem agora os riscos externos como foco”, concluiu.
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