Queda nos pedidos americanos reforçam desaceleração na indústria

Em fevereiro, os pedidos às fábricas americanas recuaram 0,7%, segundo mês consecutivo de queda após retrair 2,1% em janeiro. Excluindo os transportes, que formam o grupo mais volátil do indicador, a contração foi de 0,3% entre meses, indicando que a demanda por bens segue reprimida em meio aos juros elevados e inflação persistente.

No período, as indústrias de bens duráveis registraram queda de 1%, puxadas em grande parte pelos equipamentos de transporte (-2,8%), que marcaram o terceiro resultado negativo em quatro meses, influenciados principalmente pelas aeronaves civis (-6,6%) e de defesa (-11,1%). Ainda entre os duráveis, a demanda por maquinário e móveis caíram 0,6% e 0,3%, respectivamente.

Por outro lado, os pedidos subiram para os equipamentos elétricos, eletrodomésticos e componentes (0,7%), produtos fabricados de metal (0,2%) e metais primários (0,1%).

As indústrias de bens não duráveis recuaram 0,4% em comparação com janeiro.

A nova contração dos pedidos às fábricas evidencia mais uma vez a demanda fraca por bens, que sofre com a inflação e os juros elevados e a oferta reduzida de crédito, que deve piorar ainda mais nos próximos meses dada a instabilidade no setor bancário do país.

Dito isso, podemos esperar mais resultados negativos ao longo dos próximos meses, já que antecipamos uma desaceleração econômica acompanhada de menor disponibilidade de crédito no mercado e a inflação deve seguir impregnada na economia.

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