Reabertura da China reflete nos serviços

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O PMI de Serviços chinês disparou 4,9 pontos em janeiro e retornou ao patamar de expansão com segurança ao atingir 52,9 pontos, refletindo a reabertura da economia e a melhora dos casos de COVID, além dos dois primeiros dias do feriado de Ano Novo Lunar, que trouxe dados muito otimistas, como já analisamos.

Esse foi o primeiro mês de expansão do setor desde agosto do ano passado, puxado pelo aumento da atividade dos serviços e pelos novos pedidos. Entretanto, a pandemia continuou afetando o desempenho das empresas, visto que houve faltas de funcionários doentes no período, algo que contribui para uma leve queda na força de trabalho e um aumento dos backlogs.

Apesar da aceleração da atividade, as pressões inflacionárias permaneceram fracas, com os custos de insumos avançando modestamente e os custos de produção apenas marginalmente.

A confiança dos negócios também avançou de forma significante no mês graças ao relaxamento das restrições contra a pandemia, com o otimismo atingindo o maior patamar desde fevereiro de 2011.

Assim como foi o PMI Industrial, o PMI de Serviços está muito alinhado com o que foi reportado nos dados de Ano Novo Lunar, apontando para um repique marcante do nível de atividade dos serviços, que retomaram muito espaço com a normalização da movimentação dos consumidores.

Após quase três anos de restrições severas, os chineses puderam circular livremente pelas ruas do país em uma época marcada por um dos feriados mais importantes do calendário nacional, fato que beneficiou amplamente os serviços e o varejo.

Vemos a demanda represada alavancando o setor terciário nos próximos meses de forma acelerada. No mais, os serviços, assim como a indústria, também ganharão à medida em que a economia chinesa retomar seu nível usual de atividade, principalmente porque o cenário interno favorece essa retomada já que a China foi na direção contrária dos países desenvolvidos e seguiu afrouxando sua política monetária ao longo dos últimos 3 anos, além de ter aliviado algumas restrições impostas ao setor imobiliário.

No entanto, o crescimento deve ser impactado parcialmente pelo fraco desempenho da economia global em 2023.

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