Recessão encaminhada na Europa

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A Zona do Euro confirmou a contração de 0,1% no PIB do 3T e praticamente consolida uma recessão técnica no 4T, visto que o bloco perdeu mais ritmo nos últimos meses em meio a maior taxa de juros da sua história. Em relação ao 3T22, o PIB ficou estável.

Durante o 3T, as despesas das famílias com consumo e as despesas do governo avançaram 0,3% cada. A formação bruta de capital fixo permaneceu estagnada. E a balança comercial teve leve impacto positivo, resultante das quedas de 1,1% nas exportações e de 1,2% nas importações.

A contribuição das despesas das famílias com consumo foi de 0,2 p.p., enquanto as despesas do governo contribuíram com 0,1 p.p. Ao mesmo tempo, os impactos da formação bruta de capital fixo e da balança comercial foram negligíveis. E, por último, a variação dos estoques retirou 0,3 p.p. do resultado final.

No mais, o número de pessoas empregadas cresceu 0,2% no 3T, acelerando em comparação com a alta de 0,1% registrada no 2T e mostrando a resiliência do mercado de trabalho. Em relação ao mesmo trimestre do ano passado, o emprego cresceu 1,3%.

Por último, os países que mais cresceram no período foram Malta (2,4%), Polônia (1,5%) e Chipre (1,1%). Entre os negativos se destacaram a Irlanda (-1,9%), Estônia (-1,3%) e Finlândia (-0,9%). Já entre as principais potências, a Espanha (0,3%) e a Itália (0,1%) cresceram, enquanto Alemanha e França recuaram 0,1%.

O resultado confirma a trajetória de desaceleração do bloco europeu e encaminha uma recessão técnica no 4T, visto que os países europeus, especialmente a Alemanha, têm apresentado dados macroeconômicos mais fracos ou em contração ao longo do último trimestre do ano.

Apesar do choque no desempenho da economia, a inflação corresponde e também perde ritmo de forma mais acelerada, de modo que esperamos uma mudança de postura mais rápida no BCE para evitar uma recessão profunda entre os países europeus. De todo modo, entendemos que os mercados europeus se encontram em um patamar injustificado e perdem atratividade em comparação com os mercados americanos e emergentes, exceto China.

[Fonte: Benndorf Research]

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