O PMI Industrial da China avançou 1,8 ponto em agosto e foi a 51, reentrando inesperadamente em território de crescimento e superando as estimativas de 49,3 do mercado. Esse também foi o melhor resultado do setor desde fevereiro.
Tanto a produção quanto os novos pedidos voltaram a crescer e o emprego cresceu a uma taxa mais rápida desde março de 2010, impulsionado por planos de expansão de companhias.
Os níveis de compra dos produtores também expandiu, mas a uma taxa limitada, parcialmente em função dos custos mais altos de matérias-primas.
Enquanto isso, os novos pedidos de exportação permaneceram fracos, com uma taxa moderada de queda, associada aos riscos de uma possível recessão global.
No mais, os pedidos em atraso tiveram leve acúmulo causado pelas más condições climáticas. Ainda assim, o tempo de entrega dos fornecedores melhorou, beneficiado por otimizações na cadeia de suprimentos.
Já nos preços, os custos de insumos subiram pela primeira vez desde fevereiro, mas as empresas continuaram diminuindo seus preços para permanecerem competitivas e estimularem o consumo.
Finalmente, o sentimento recuou para a mínima de 11 meses mas permaneceu positivo. Os produtores esperam que condições econômicas globais mais fortes e lançamentos de novos produtos possibilitem um aumento da produção.
A retomada do crescimento na indústria chinesa é uma surpresa positiva e que alivia um pouco o pessimismo recente sobre a capacidade de recuperação da segunda maior economia do mundo.
O ponto principal do crescimento da indústria em agosto é o fato de que o mercado interno alavancou essa recuperação, algo que pode sinalizar o início de uma recuperação.
Entretanto, ressaltamos que ainda não é uma confirmação, visto que a demanda dos consumidores segue em baixa e a crise do setor imobiliário voltou a piorar nas últimas semanas. Dessa forma, devemos aguardar por mais dados para ter uma avaliação completa da situação econômica da China.