Serviços brasileiros perdem fôlego e contraem

O PMI de Serviços brasileiro perdeu 0,9 ponto em fevereiro e foi a 49,8, indicando a primeira contração do nível de atividade desde maio de 2021. O PMI Composto recuou 0,2 p.p. para 49,7.

O nível de atividade do setor terciário brasileiro recuou impactado pela incerteza dos clientes, demanda fraca e preocupação com o cenário econômico e político do país, o que restringiu o volume de novos pedidos.

Além disso, os serviços registraram mais uma rodada de demissões e apontaram para a reaceleração da inflação tanto de insumos, puxados por alimentos, combustíveis, mão de obra e serviços públicos, além da desvalorização do real e retomada do ICMS, como dos preços de venda.

Por último, 56% dos participantes da pesquisa esperam um aumento da atividade nos próximos 12 meses, confiantes em uma retomada nas vendas e políticas públicas favoráveis.

Em linha com o cenário de retomada da inflação e do desemprego, juros altos e incertezas elevadas a respeito das políticas públicas e do governo, os serviços recuaram, marginalmente, reforçando nossa conjuntura de desaceleração da economia brasileira e provável confirmação de recessão técnica no 1T23.

Embora a indústria tenha apresentado melhora em fevereiro, acreditamos ser um resultado pontual e que deve perder fôlego nos próximos meses diante do cenário esperado.

Sendo assim, reforçamos que posições expostas à recuperação da China e defensivas, bem como a renda fixa, devem seguir em alta durante o ano.

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