Serviços crescem mais e indústria volta a contrair nos EUA

EUAA

Na prévia de maio, o PMI Composto dos Estados Unidos avançou 1,1 p.p. para 54,5, máxima de 13 meses. O crescimento é consequência exclusiva da alta de 1,5 p.p. no PMI de Serviços, que também atingiu o maior patamar em 13 meses, visto que o PMI Industrial caiu 1,7 p.p. para 48,5, retomando as contrações e refletindo os impactos dos juros altos, inflação persistente e deterioração do mercado de crédito em meio à crise do sistema bancário.

Os novos pedidos cresceram pelo terceiro mês consecutivo e no ritmo mais acelerado em um ano, puxados unicamente pelos serviços. Por outro lado, a queda dos novos pedidos entre os fabricantes foi a mais rápida desde fevereiro, impactada pela baixa demanda dos clientes, que continuam com estoques saudáveis. Ao mesmo tempo, os novos pedidos de exportação recuaram pelo 12º mês consecutivo e na taxa mais rápida do ano, evidenciando a desaceleração global.

A inflação divergiu entre os setores. Na indústria houve o primeiro registro de queda nos preços de insumos em 3 anos, enquanto os prestadores de serviços continuaram computando um aumento considerável dos custos, influenciado em grande parte pelos salários, visto que o país continua em pleno emprego.

Finalmente, as expectativas dos negócios com relação aos próximos 12 meses melhorou. Os fabricantes estavam mais otimistas do que os prestadores de serviços, acreditando em uma melhora nas condições de demanda e em planos para investir em novos produtos e marketing.

Assim como observamos na Europa, a tendência dos PMIs americanos se mantém, com o setor terciário atuando como único gerador do crescimento enquanto a indústria é pressionada pelos juros restritivos, inflação alta e persistente e deterioração das condições de crédito causadas pela crise bancária.

Como o cenário de piora do mercado de crédito e juros restritivos deve se manter ao longo do ano, mantemos nossas perspectivas de recessão em 2023 para os EUA, algo que abre espaço para os mercados emergentes, em especial o Brasil, que deve voltar a cortar juros no segundo semestre, e a China, que muito provavelmente fará uso de estímulos fiscais para acelerar sua retomada.

Variação do PMI industrial dos EUA

Compartilhe em suas redes!

WhatsApp
Facebook
LinkedIn
PUBLICIDADE

Matérias Relacionadas

PUBLICIDADE

Preencha o formulário e receba a melhor newsletter semanal do mercado financeiro, com insights de especialistas, notícias e recomendações exclusivas.

PUBLICIDADE
Are you sure want to unlock this post?
Unlock left : 0
Are you sure want to cancel subscription?
TradeNews
Visão geral de privacidade

Este site usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações dos cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.