O PMI de Serviços chinês caiu 2,3 pontos para 51,8 em agosto, abaixo das projeções do mercado de 53,6. Apesar de ser o oitavo mês seguido de expansão, é o ritmo mais lento da sequência, reforçando a tese de que o consumo segue em baixa na segunda maior economia do mundo.
A causa para a desaceleração foram aumentos menores nos novos trabalhos, com os novos negócios do exterior recuando pela primeira vez em 2023, algo que evidencia a desaceleração das principais potências mundiais.
Apesar disso, o emprego cresceu pelo sétimo mês consecutivo. A taxa de criação de emprego permaneceu praticamente inalterada em patamar modesto em meio a relatos de requisitos mais elevados de negócios e planos de expandir a capacidade.
Já a inflação de insumos desacelerou para a mínima de 6 meses, enquanto a inflação de custos recuou para a mínima desde abril à medida que a competitividade permaneceu elevada.
Por último, o sentimento dos negócios enfraqueceu e teve o pior resultado em 9 meses.
Se por um lado a indústria chinesa surpreendeu, por outro os serviços decepcionaram, retratando o cenário complexo que a China atravessa desde o início do ano.
Ainda assim, entendemos que mais dados são necessários para entendermos melhor o momento do país e avaliarmos uma possível recuperação do setor imobiliário e da economia, bem como os efeitos das medidas de estímulo mais recentes.