O PMI de Serviços brasileiro cresceu 1,6 ponto e foi a 56,4 pontos em julho, indicando a taxa de expansão mais rápida em dois anos e que marca o sétimo mês consecutivo de crescimento do setor.
A melhora do mês pode ser atribuída principalmente ao impulso na demanda, com os novos pedidos crescendo no ritmo mais acelerado desde a metade de 2022. Ao mesmo tempo, a criação de empregos permaneceu modesta e foi impactada por reestruturações de companhias e aumento da inadimplência dos clientes.
No mais, os custos de insumos e preços cobrados pelos serviços avançaram nas taxas mais rápidas dos últimos dois anos, com as pressões inflacionárias se intensificando em função da depreciação do real. Os prestadores de serviços relataram custos mais altos com alimentos, combustíveis, materiais de construção, energia e aluguéis em relação à junho.
Por último, apesar de algumas preocupações, a confiança na produção futura continuou forte, com várias empresas prevendo condições de consumo melhores e esperança de redução das pressões inflacionárias nos próximos 12 meses.
O setor de serviços continua em rápida expansão, amparado pelo momento macroeconômico nacional melhor. Dito isso, diante da conjuntura atual, esperamos que o segmento continue avançando e liderando a expansão do país, mas a pressões inflacionárias altas e a pausa no ciclo de redução de juros tendem a prejudicar um pouco o desempenho da economia. Ainda assim, mantemos as perspectivas positivas para o setor e esperamos que as empresas cíclicas se beneficiem do ciclo atual.