O PMI de Serviços da China avançou 0,2 p.p. para 54,1 em julho, se recuperando da mínima de 5 meses registrada no mês anterior, mas ainda muito próximo desse nível, indicando a lentidão no nível de atividade do setor em comparação com o primeiro semestre.
A alta do PMI foi amparada por um crescimento robusto e acelerado dos novos negócios, causada por condições de mercado melhores e maior número de clientes. Os novos pedidos para exportação avançaram menos do que a demanda interna, espelhando a desaceleração da economia mundial.
O aumento da demanda encorajou as empresas a expandir sua folha de pagamento pelo sexto mês consecutivo e no ritmo mais rápido em 4 meses. Entretanto, a expansão do número de trabalhadores foi insuficiente para diminuir as pressões sobre a capacidade produtiva, algo evidenciado pelo novo aumento nos pedidos em atraso.
A inflação de insumos perdeu velocidade em julho, recuando para o menor nível desde fevereiro. As companhias citaram custos mais altos advindos do número maior de funcionários, matériasprimas, transporte e tarifas de acomodação. Consequentemente, as empresas aumentaram seus preços de venda para repassar parte do custo aos consumidores.
Por último, os prestadores de serviços continuaram otimistas com os próximos 12 meses, citando expectativas de condições econômicas melhores tanto internamente quanto internacionalmente. Entretanto, o nível de otimismo caiu abaixo da média histórica da série, impactada por preocupações acerca da lentidão atual na atividade econômica.
Apesar do resultado confirmar o sétimo mês seguido de expansão do setor de serviços, vemos que o ritmo segue abaixo do que foi registrado ao longo de quase todo o primeiro semestre, com exceção do mês de janeiro, período em que o país sofreu com a pior onda de COVID da pandemia.
Sendo assim, ainda temos condições mais lentas do que o esperado na segunda maior economia do mundo, e somado ao fato da indústria ter retornado ao nível de contração, entendemos que há incentivos para estímulos mais significantes visando acelerar a atividade econômica. Contudo, sem sinais oficiais do governo chinês preferimos adotar postura mais cautelosa com relação às expectativas de benefícios à economia brasileira e ativos expostos ao gigante asiático, dando preferência por ativos locais.