De acordo com dados da prévia, a inflação aos consumidores europeus ficou estagnada em julho na comparação mensal, desacelerando dos 0,2% registrados em junho. Na comparação anual, entretanto, o índice avançou para 2,6%, contrariando as perspectivas de estabilidade em 2,5%.
Entre os componentes da inflação, espera-se que os serviços (1,2%) e a energia (0,9%) tenham as variações positivas na comparação mensal. Os alimentos, álcool e tabaco tendem a ficar estagnados e os bens industriais não energéticos devem recuar 2,6%. Já na comparação anual, os serviços também lideram, com uma variação esperada de 4%, seguidos pelos alimentos, álcool e tabaco (2,3%), energia (1,3%) e bens industriais não energéticos (0,8%).
Novamente, os serviços seguem figurando como segmento de maior impacto entre as economias europeias, algo que pode ser atribuído ao nível de atividade ainda resistente do setor, que vem sendo sustentado pelo mercado de trabalho sólido, e aos juros altos, que prejudicam mais a indústria. Nesse sentido, vemos um cenário desfavorável para o afrouxamento da política monetária embora a atividade econômica do bloco de modo geral esteja fraca e tenha iniciado esse terceiro trimestre perdendo força e, portanto, reiteramos as expectativas de retorno da inflação à meta apenas em 2025 e a necessidade de cautela com os índices europeus.