Varejo no Brasil desacelera mais do que o previsto

15168
por Benndorf Research 

 

O volume de vendas no varejo brasileiro recuou 0,4% em novembro, ante outubro, contrariando as projeções do mercado de alta de 0,1%. Na comparação anual, o comércio varejista cresceu 4,7%, mais do que os 3,8% que haviam sido antecipados pelo mercado. No comércio varejista ampliado as variações foram de -1,8% m/m e 2,1% a/a.

Cinco das oito atividades pesquisadas apresentaram variações negativas em novembro, com destaque para Móveis e eletrodomésticos (-2,8%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-2,2%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-1,5%). Do lado positivo ficaram Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (3,5%), Combustíveis e lubrificantes (1,5%) e Tecidos, vestuário e calçados (1,4%).

No comércio varejista ampliado, as duas atividades tiveram queda: Veículos e motos, partes e peças, com -7,6%, e Material de construção, com -1,4%.

Em relação a novembro de 2023, cinco das oito atividades tiveram taxas positivas, sendo as principais: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (10,2%), Tecidos, vestuário e calçados (8,0%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (5,4%). As taxas negativas vieram de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-4,4%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-10,6%). A atividade de Móveis e eletrodomésticos ficou estável.

No comércio varejista ampliado, Veículos e motos, partes e peças teve resultado de 4,5%, Material de construção cresceu 3,2% e Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo teve queda de 11,7%.

De modo geral, as vendas no varejo seguem muito fortes em 2024 mesmo com o resultado negativo de novembro, algo que pode ser atribuído principalmente ao desemprego nas mínimas históricas e crescimento real dos salários. Ainda assim, vemos uma desaceleração maior do que a esperada em novembro, em linha com os resultados mais fracos dos PMIs e da indústria, no que é uma provável indicação de impactos causados pela deterioração do cenário nacional. Portanto, reforçamos a expectativa de desaceleração do varejo em 2025, assim como dos outros segmentos cíclicos e elásticos aos juros.

Compartilhe em suas redes!

WhatsApp
Facebook
LinkedIn
PUBLICIDADE

Matérias Relacionadas

PUBLICIDADE

Preencha o formulário e receba a melhor newsletter semanal do mercado financeiro, com insights de especialistas, notícias e recomendações exclusivas.

PUBLICIDADE
Are you sure want to unlock this post?
Unlock left : 0
Are you sure want to cancel subscription?