Serviços no Japão crescem como esperado

A Japanese national flag flies in front of cranes at an industrial port in Tokyo August 15, 2011. Japan's economy contracted at a slower pace than expected in the second quarter as output and exports recovered from the deadly earthquake in March, but a soaring yen and slowing global growth cloud the outlook for an economy emerging from recession. REUTERS/Issei Kato (JAPAN - Tags: BUSINESS DISASTER EMPLOYMENT MARITIME)

O PMI de Serviços do Japão registrou crescimento de 1,2 ponto e foi a 52,3, em linha com as expectativas e sinalizando uma aceleração do setor terciário no início de 2023 em função da retomada da demanda após o fim das restrições contra a COVID.

Tanto a produção quanto os novos pedidos cresceram em taxas mais rápidas em janeiro, mas o emprego caiu impactado por uma onda de aposentadorias. Os novos pedidos de exportação avançaram pelo quinto mês consecutivo, completamente na mão contrária dos demais países desenvolvidos em um movimento que acreditamos ser fortalecido pelo crescimento ainda robusto de alguns dos principais parceiros econômicos do Japão na Ásia, como a Tailândia, o Vietnã e a Singapura.

Além da reabertura chinesa e a desaceleração menor dos desenvolvidos ocidentais. Ao mesmo tempo, os custos mais elevados de combustíveis implicaram na permanência da inflação dos insumos em patamar elevado. Os preços de vendas também subiram, mas em ritmo mais lento.

Por último, a perspectiva para os próximos 12 meses seguiu positiva, com as empresas otimistas de que a recuperação pós COVID deve continuar em 2023. O sentimento ficou acima da média da série, mas recuou para a mínima de 10 meses.

Alguns participantes estavam preocupados com a possibilidade do crescimento diminuir, enquanto outros mencionaram problemas relacionados à mudança demográfica do país.

Os serviços do Japão devem continuar registrando expansão em seu nível de atividade no curto prazo, impulsionados principalmente pela retomada da China, pelo estímulo fiscal que o governo japonês deu para incentivar as viagens nacionais e pelas expectativas de um cenário melhor entre os desenvolvidos, o que pode alavancar ainda mais as exportações.

Contudo, no médio prazo esperamos desaceleração causada pela continuidade da deterioração do poder de compra real, o aumento dos gastos com defesa e o provável aumento de impostos.

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