O PMI de Serviços dos Estados Unidos caiu 1,8 ponto em agosto para 50,5, ritmo mais fraco dos últimos 7 meses de crescimento e que indica apenas expansão marginal.
Apesar de mínima, a queda dos novos pedidos foi a primeira em 6 meses e sinalizou uma reviravolta em relação aos bons resultados do 2T23. De acordo com os participantes da pesquisa, a demanda caiu impactada pelas taxas de juros e inflação elevadas.
A demanda externa continuou positiva graças às aquisições de novos clientes e interesse dos clientes existentes. Novamente, os salários causaram o aumento da inflação de insumos, mas também houve impacto dos preços da energia e dos combustíveis.
Apesar disso, as condições de demanda mais fracas fizeram com que as empresas hesitassem em aumentar os preços de venda. Enquanto isso, os serviços registraram apenas um aumento marginal no emprego.
O número menor de novos pedidos foi amplamente citado como o principal motivo para desacelerar as contratações. A taxa de criação de empregos recuou pelo terceiro mês consecutivo e atingiu o menor nível desde outubro do ano passado.
Por último, as companhias continuam otimistas com o cenário para os próximos 12 meses, influenciadas pelas expectativas de que campanhas de marketing e outras iniciativas alavanquem as vendas.
A hesitação dos clientes diante das taxas de juros altas conteve o resultado. Como havíamos comentado na prévia, a taxa de juros e a inflação alta estão impactando a demanda dos americanos por bens e serviços.
Além disso, também observamos efeitos sobre o mercado de trabalho, com a desaceleração no número de contratações e o aumento do desemprego relatado pelo payroll de agosto. Dito isso, vemos um cenário positivo para conter as pressões inflacionárias e que deve levar o FED a manter a taxa de juros estática na reunião de setembro, além de contribuir com as expectativas de “soft landing” da maior economia do mundo.