As licenças de construção nos Estados Unidos recuaram 8,8% para 1,413 milhão, compensando parcialmente o crescimento de 15,8% em fevereiro. Simultaneamente, a construção de novas casas recuou 0,8% para 1,42 milhão após expandir 7,3% no mês anterior. Ambos ficaram abaixo das expectativas de queda de 6% e alta de 0,4%, respectivamente.
Vemos os recuos de março como movimentos corretivos após as altas expressivas registradas em fevereiro, dado que as taxas de hipotecas continuaram recuando da máxima de 20 anos e os pedidos de hipotecas cresceram em 3 das 4 semanas de março, reforçando uma possível retomada da confiança no mercado imobiliário.
Aparentemente, a quebra do SVB e do Signature Bank mais ajudou do que atrapalhou o setor imobiliário já que passou a precificar uma taxa de juros menor e isso é visto nas hipotecas e na recuperação dos pedidos de hipotecas ao longo de março e começo de abril.
Contudo, a retomada desses indicadores pode ser apenas um efeito de curto prazo e as renovadas perspectivas de recessão nos Estados Unidos e a deterioração do mercado de crédito devem se provar como novos obstáculos, mantendo a demanda por imóveis deprimida ao longo do ano.
Seguem os gráficos das licenças de construção e da construção de novos imóveis:
