A produção industrial americana ficou estável em janeiro após cair em novembro e dezembro do ano passado. Em janeiro, a produção manufatureira avançou 1%, enquanto a produção da mineração teve alta de 2%. Por outro lado, os serviços públicos viram sua produção cair em 9,9%, impactados pelas temperaturas mais quentes e consequente menor demanda por aquecimento.
No mais, a utilização da capacidade caiu marginalmente para 78,3%, taxa 1,3 p.p. abaixo da média histórica. O resultado do indicador ficou abaixo das expectativas de crescimento de 0,5%.
Na produção manufatureira, os duráveis, não duráveis e outras manufaturas computaram altas de 0,8%, 1,1% e 2,2%, respectivamente. Entre os duráveis, ganhos de pelo menos 1% foram vistos em produtos minerais não metálicos, maquinário, computadores e eletrônicos, equipamento elétrico, eletrodomésticos e componentes, e equipamentos de transporte aeroespacial e diverso. Os produtos e móveis de madeira foram o único item que caiu no mês.
Já a mineração avançou puxada por grande parte dos seus componentes, com exceção de perfuração de poços de petróleo e gás natural.
Por fim, a utilização da capacidade das manufaturas foi a 77,7%, uma alta de 0,6 p.p. frente a dezembro, patamar 0,5 p.p. abaixo da sua média de longo prazo. A taxa de operação da mineração subiu 1,6 p.p. para 89%, enquanto a dos serviços públicos recuou 7,8 p.p. para 68,6%.
A taxa da mineração está 2,7 p.p. acima de sua média histórica, e a taxa dos serviços públicos recuou para o menor nível da história do índice.
Apesar do crescimento do varejo em janeiro, a indústria permaneceu estagnada, uma melhora frente aos dois meses anteriores, mas ainda decepcionando projeções de crescimento de 0,5%, ponto que pode ser atribuído nesse resultado em específico à queda da demanda por aquecimento durante o inverno em função de temperaturas quentes incomuns ao período do ano.
Dito isso, não vemos o resultado como ruim, já que o impacto negativo veio de um fator isolado e incomum à época do ano, e entendemos a produção industrial de janeiro como mais um indicador de força da economia americana e do cenário de “soft landing”.