Após anos turbulentos tentando se recuperar dos efeitos econômicos da pandemia da Covid-19, o ano de 2024 é de grande expectativa para o setor de Fundos Imobiliários (FIIs), que aposta as fichas no crescimento do mercado com o início de quedas maiores na taxa Selic.
Os FIIs são muito ligados ao dinamismo da economia, visto que quanto maior o crescimento econômico, maior o nível de emprego, e consequentemente maior a demanda por espaços físicos, de acordo com o assessor da Nomos Investimentos Daniel Fontana.
Ele destaca outro ponto: o valuation desses fundos. Fontana diz que, como a base do desconto no valor dos imóveis é a taxa de juros, quando a taxa cair, o valuation tende a aumentar.
“Assim, o valor dos imóveis tende a ter uma variação positiva e pode atrair muitos investidores por conta da reavaliação patrimonial dos imóveis”, explicou.
Em 2023, o Ifix, índice de FIIs mais negociado da Bolsa, encerrou com ganhos de 15,49% – o maior desde 2019, quando o indicador registrou elevação de quase 36%. Além disso, apenas 15 fundos terminam 2023 no campo negativo, de acordo com dados da Economatica.
Já o analista da Terra Investimentos Luis Novaes contrapõe que, apesar da perspectiva favorável para os setores cíclicos, há riscos que devem ser considerados, como a incerteza com relação ao fiscal nos próximos anos.
Além disso, ele frisa que é preciso escolher bem os ativos, considerando que o movimento de alta dos Fundos Imobiliários durante o último ano tornou o espaço de valorização de alguns papéis limitado.
Ainda assim, Novaes mantém visão positiva sobre essas ofertas, pois as taxas ainda estão em patamares atrativos para o longo prazo, especialmente os indexados à inflação e crédito privado.
“Os juros reais elevados e a perspectiva incerta para o fiscal tornam os títulos indexados à inflação atraentes em nossa opinião, pois, apesar da desaceleração recente dos preços, ainda é preferível se defender contra uma possível alta no futuro”, argumentou.
O analista também destaca que o ciclo de juros em queda beneficia as margens das empresas, reduzindo a percepção de risco corporativo, como já vem acontecendo nos últimos meses, e favorece os ativos de crédito privado, em um cenário que deve ser menos prejudicial para as empresas.
Segmentos para investir
Para 2024, Novaes projeta que o desempenho dos fundos de tijolo deve se sobressair em comparação aos fundos de papel, pela possibilidade de valorização das cotas com o aquecimento do mercado imobiliário.
“Ainda assim, vemos que alguns fundos de papel devem apresentar resultados positivos, a depender de seus ativos em carteira, diante das taxas ainda em um patamar atrativo e pela indexação à inflação”, acrescentou.
Entre setores específicos, o de shoppings é uma boa oportunidade, segundo Beto Saadia, diretor de investimentos da Nomos. Dados da Economatica apontam que esse foi o segmento que apresentou o maior retorno, de 30%, no último ano.
Além do setor imobiliário, o diretor também enxerga as lajes comerciais – que abrigam empresas de médio e grande porte – como opções rentáveis para este ano.
No fim, diante do cenário incerto para os próximos anos, a perspectiva pode mudar bastante, diz Luiz Novaes, concluindo que “a melhor saída seria diversificar e não se ver preso numa tese de investimento”.
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