As vendas no varejo americano cresceram 0,4% em abril, se recuperando de dois meses consecutivos de contração. Em relação ao mesmo mês do ano passado, o indicador apresentou alta de 1,6%. Ambas as comparações ficaram bem abaixo das expectativas do mercado de 0,8% m/m e 4,2% a/a.
Entre os grupos de variação positiva, se destacaram as varejistas de lojas diversas (2,4%), varejo sem loja (1,2%) e lojas de mercadorias gerais (0,9%). Por outro lado, do lado negativo as atividades de maior variação foram as lojas de bens esportivos, hobby, instrumentos musicais e livrarias (-3,3%), postos de gasolina (-0,8%) e lojas de móveis (-0,7%).
O varejo americano mostra lentidão diante da inflação alta, juros restritivos e demanda interna deprimida. Além disso, apesar da alta dos preços da gasolina, as vendas do combustível caíram no período, retratando a desaceleração da demanda no período. No mais, a instabilidade do setor bancário pode ter impactado também as expectativas e a percepção dos consumidores, gerando um movimento de redução do consumo e aumento das poupanças.
Dito isso, seguimos com as projeções de desaceleração ao longo do ano, visto que a economia americana seguirá impactada pelos juros restritivos, inflação bem acima da meta, crise de crédito e instabilidade no sistema bancário.