As vendas no varejo europeu permaneceram estagnadas em abril, na comparação com março, decepcionando as projeções do mercado pelo segundo mês consecutivo. Em relação a abril de 2022, o indicador registrou recuo de 2,6%.
Na comparação mensal, as vendas de produtos não alimentícios avançaram 0,5%, influenciadas pelas encomendas por correio e pela internet (2,7%). Por outro lado, o volume de vendas de alimentos, álcool e tabaco (-0,5%) e combustíveis automotivos (-2,3%) compensaram o avanço e levaram o índice à estagnação.
Entre anos todos os componentes do indicador registraram contração, com as vendas de alimentos, álcool e tabaco (-4,4%) liderando. Na sequência vieram os combustíveis (-1,8%) e os produtos não alimentícios (-1,1%).
O varejo europeu se mostra bastante fragilizado pela persistência da inflação alta, especialmente do núcleo, pelo avanço dos juros para patamares cada vez mais contracionistas e pela desaceleração da demanda interna e externa. Por fim, como o BCE deve promover ao menos mais dois ajustes na taxa de juros e a demanda do bloco deve continuar deprimida ao longo do ano, esperamos novos resultados ruins no varejo europeu para o restante de 2023.