Varejo no Brasil melhora, mas é preciso cautela

BRASA

O volume de vendas no varejo brasileiro cresceu 0,7% em julho, após variar 0,1% em junho. O acumulado do ano, ante o mesmo período do ano anterior, registra alta de 1,5%. Nos últimos 12 meses, o volume de vendas no comércio acumula expansão de 1,6%.

Com o resultado de julho, o comércio varejista está 2,2% abaixo do nível recorde da série histórica.

O comércio varejista ampliado retraiu 0,3% em julho, resultado que pode ser atribuído ao recuo de 6,2% na atividade de Veículos e motos, partes e peças causada pelo esgotamento dos benefícios do governo para compras de veículos.

Quatro atividades tiveram alta no mês, com destaque para Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (11,7%). Essa é a atividade que apresenta maior volatilidade em 2023. O resultado de julho pode ser atribuído à valorização do real e mudanças na política de importação.

A segunda maior alta foi no setor de Outros artigos de uso pessoal e doméstico (8,4%), que foi amplamente beneficiado pela base de comparação, visto que os últimos meses apresentaram contração. Além disso, algumas promoções pontuais também contribuíram para alavancar o resultado.

Também vale destacar a alta de 0,3% do segmento de Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que representa mais de 45% da pesquisa. No último bimestre, o setor acumula expansão de 1,7%. A atividade vem se beneficiando da redução das pressões inflacionárias e do desemprego.

Entre as quedas, as principais variações vieram de Tecidos, vestuário e calçados (-2,7%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-2,6%). A primeira acumula forte queda nos últimos meses, relacionada à crise contábil das grandes cadeias varejistas, enquanto a segunda recuou muito por conta da base de comparação, mas está em trajetória de recuperação.

Apesar de animador, o resultado do varejo ainda não confirma uma retomada do setor e pode ser atribuído em grande parte à base de comparação baixa dos últimos meses. Além disso, também vemos dificuldades em alguns segmentos, como no vestuário e calçados, farmacêuticos e hiper e supermercados,  resultantes da MP dos incentivos fiscais.

Dito isso, devemos exercer maior cautela com o varejo nos próximos meses e permanecemos com preferência pelo setor de serviços em meio ao maior controle inflacionário e indicadores macroeconômicos melhores.

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