Em julho, a produção industrial do Brasil recuou 0,6%, primeira queda em 3 meses. Em relação ao mesmo período de 2022, o indicador registrou -1,1%, também primeira contração em 3 meses.
Três das quatro grandes categorias econômicas e 15 dos 25 ramos pesquisados mostraram recuo na produção.
As atividades com influências negativas mais expressivas foram os veículos automotores, reboques e carrocerias (-6,5%), refletindo a produção reduzida de veículos, indústrias extrativas (-1,4%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-12,1%).
Entre as nove positiva, se destacaram a produção de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (8,2%), produtos alimentícios (0,9%) e coque, produtos derivados de petróleo e biocombustíveis (0,7%).
Entre as grandes categorias econômicas, as taxas negativas ficaram com os bens de capital (-7,4%), bens de consumo duráveis (-4,1%) e bens intermediários (-0,6%). O único segmento que cresceu foram os bens de consumo semi e não duráveis (0,4%).
Em relação a julho de 2022, três das quatro grandes categorias e 17 das 25 atividades recuaram.
As principais influências negativas vieram de veículos automotores, reboques e carrocerias (-9,5%), também mostrando a produção reduzida de veículos e as paralisações ao longo dos últimos 12 meses, equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-25,3%) e produtos químicos (-6,7%).
As influências maiores positivas vieram de indústrias extrativas (7%), produtos alimentícios (4,5%) e coque, produtos derivados de petróleo e biocombustíveis (1,6%) .
Entre as grandes categorias econômicas, os bens de capital (-16,9%) tiveram a maior queda em relação a julho de 2022, seguidos pelos bens de consumo duráveis (-3,5%) e bens de consumo semi e não duráveis (-0,3%). Os bens intermediários ficaram estagnados entre anos.
O resultado da produção mostra que a indústria brasileira ainda enfrenta vários desafios, sendo o principal deles a taxa de juros elevada. Entretanto, com o início do ciclo de corte de juros em agosto e o retorno do crescimento na indústria de acordo com o PMI, entendemos que a produção deve voltar a ganhar ritmo nos próximos meses.
Além disso, a queda do desemprego, controle inflacionário e o Desenrola contribuem para aumentar o consumo, driver muito positivo para o setor secundário.