As vendas de casas novas dispararam 9,6% em março para 683 mil unidades, mais do que compensando a queda de 1,1% de fevereiro e atingindo a máxima de 1 ano. Em relação a março do ano passado, entretanto, o indicador apresentou recuo de 3,6%. No período, o preço mediano das vendas foi de US$ 449.800, enquanto o preço médio foi de US$ 562.400.
O estoque de imóveis está em 432 mil, representando uma oferta de 7,6 meses no ritmo atual de vendas, patamar considerado saudável. Em março, o setor imobiliário se beneficiou da queda dos yields causada pela instabilidade no sistema bancário americano e permitiu uma retomada dos pedidos por hipotecas.
Simultaneamente, o índice Case-Shiller de preços de imóveis registrou o menor aumento em 11 anos em fevereiro, sinalizando uma desaceleração antes mesmo dos impactos de março, algo que é positivo para o setor.
Entretanto, ressaltamos que a elevação da demanda por imóveis pode ser apenas um fato pontual diante da queda inesperada das taxas de hipotecas e as renovadas perspectivas de recessão nos Estados Unidos, as expectativas de juros altos durante todo o ano e a deterioração do mercado de
crédito devem atuar no sentido contrário da queda de preços, mantendo a demanda deprimida ao longo de 2023.