Após registrar queda de 1,3% em novembro, o volume de vendas no varejo do Japão cresceu 1,1% no último mês de 2022, oitavo resultado positivo nos últimos 10 meses. Frente a dezembro de 2021, o indicador apresentou alta de 3,8%, décimo mês consecutivo de expansão.
Entre anos, as atividades que mais contribuíram para o resultado foram as farmácias e produtos de higiene pessoal, outras, e mercadorias gerais. Do lado negativo se sobressaíram o varejo fora da loja, maquinário e equipamento, e veículos motorizados.
Assim como na indústria, o varejo reflete a alta de preços recorde, a deterioração do poder de compra real e a redução do capex na economia japonesa.
Sendo assim, a maior parcela da população prioriza os gastos com bens essenciais e de baixo valor aquisitivo ainda em um movimento de liberação da demanda represada, como comentamos na produção industrial, algo que será positivo para o varejo enquanto perpetuar, que não deve ser um período longo já que a inflação está na máxima e as pequenas e médias empresas – que empregam cerca de 60% da população ocupada – não conseguem aumentar os salários para prolongar o efeito da demanda, porque estão pressionadas por custos.
Portanto, repetimos o cenário traçado para a indústria, que é de otimismo no curto prazo, mas desaceleração no médio prazo.