As vendas no varejo europeu recuaram 0,3% em junho, ante maio, contrariando expectativas de crescimento de 0,2% e retomando as quedas após crescer 0,6% no resultado anterior. Em relação a junho do ano passado, a variação foi de -1,4%, nona contração consecutiva, mas a menos expressiva da sequência.
Entre meses, as vendas de alimentos, álcool e tabaco recuaram 0,3%, e os produtos não alimentícios caíram 0,2%, mesmo com os pedidos por correio e internet crescendo 1,1%. Já as vendas de combustíveis automotivos avançaram 1%.
Entre anos, as vendas de alimentos, álcool e tabaco contraíram 3,5% e as vendas de combustíveis automotivos caíram 0,4%. Já os produtos não alimentícios ficaram estagnados, mas os pedidos por correio e internet caíram 3,3%.
O resultado ruim das vendas no varejo europeu mostra a dificuldade que o bloco enfrenta em meio ao aumento das taxas de juros, persistência da inflação em patamar recorde e desaceleração das demandas interna e externa.
Tendo em mente que o BCE manterá sua política monetária em trajetória hawkish, a queda de desempenho da atividade econômica e a contração da oferta de crédito, antecipamos novas contrações até o final do ano e a consolidação do cenário de recessão até o início de 2024.